Estou postando novamente uma matéria que achei super interessante falando dos protetores bucais, cada vez mais a alta tecnologia contribui para a melhora da performance e desempenho dos atletas, estudos mostram a influência da articulação têmporo-mandibular no desempenho do atleta, com isso, empresas estão confeccionando protetores bucais adaptados que reposicionam a mandíbula onde pensando em cadeias musculares pode alterar dia a dia de treino desses atletas.
"Isso mostra a importância de investigar a ATM de atletas para verificar uma possível disfunção, evitando transtornos em treinos e melhorando desempenho em competições."
“A capacidade de melhorar a performance de atletas por meio de dispositivos orais, não é uma idéia nova! Há mais de trinta anos, muitos dentistas reportaram a melhora no desempenho de atletas que usam protetores bucais especialmente desenhados para isso. Em 1977, Dr. John Stenger, o dentista da equipe de futebol americano da Universidade de Notre Dame, publicou um artigo reportando uma correlação estatística entre o aumento da força física e o uso de dispositivos orais que corrigem a posição da mandíbula, fato confirmado pelo Dr. Stephen Smith em 1978 e publicado na New York Sate Dental Journal. Desde então muitos trabalhos foram publicados sobre este tema e muitos avanços foram feitos nessa área. Dr. Harold Gelb e colaboradores descreveram esses achados como “A relação entre a postura da mandibula e a força muscular na odontologia esportiva“, publicado no Journal of Cranio Mandibular Practice”
De acordo com Arent, McKenna e Golem (2010) alguns estudos revelaram que o posicionamento da mandíbula pode afetar a postura e a estabilidade.
Chakfa etal. (2002), o aumento da dimensão vertical de oclusão esta relacionado com o aumento da força isométrica dos deltoides e flexores cervicais. O aumento da dimensão vertical para alem de associar a altura com a força máxima resulta numa diminuição da força isométrica do deltoide e da cervical.
Ferrario ET AL. (1996) adianta que mudanças na postura da mandíbula, causadas ou não por distúrbios oclusais, musculares ou temporomandibulares, podem influenciar os músculos do pescoço e postura. Podem, também, afetar os músculos dos membros superiores e os músculos antigracitacionais (tronco e membros inferiores).
A especialidade que mais cresce na Fisioterapia tem papel de destaque na Clinica FisioR9. Com a mais moderna linha de aparelhos direcionados a Recuperação Esportiva, conta com setores específicos que possibilitam o tratamento de atletas de todas as modalidades incluindo portadores de necessidades especiais. Dentro destes setores temos:
Caixa de Areia – utilizada para condicionamento e fortalecimento muscular, assim como treinamento sensório-motor e pliométrico através da utilização de resistores elásticos, cones, bolas, entre outros.
Pista de Grama – destinada para condicio- namento, exercícios pliométricos e treinamento sensório-motor, é também utilizada para observação das condições físicas e funcionais do atleta, e adaptação ao retorno às atividades esportivas.
Mecanoterapia – Setor Equipado com aparelhos importados da linha Technogym®, que seguem uma linha funcional (evitando sobrecarga nas articulações), para a realização do treinamento neuro-muscular objetivando trofismo muscular e estabilidade dinâmica articular.
Hidropropriocepção – Possui um sistema de turbilhonamento e piso com características diferenciadas, com o objetivo de melhorar o equilíbrio e estabilidade, possibilitando a realização de atividades como marcha e corrida precocemente.
O desequilíbrio muscular entre agonistas e antagonistas, extensores (quadríceps) e flexores (ísquiotibiais) do joelho, esta mais que provado que pode contribuir para uma maior ocorrência de lesões e que uma musculatura em harmonia pode minimizar ou evitar não só as lesões no joelho, mas também em todas as articulações do corpo.
A avaliação isocinética permite avaliar a força de um indivíduo em um determinado músculo ou grupo muscular, em um posicionamento articular ou movimento. Ao controlar a velocidade e amplitude de movimento, o paciente está confortavelmente avaliado em toda a gama de movimentos, dando informações sobre o pico de torque, força máxima e também fatigabilidade em várias velocidades.
Além de auxiliar na prevenção de lesões devido à obtenção de relatórios sobre a diferença muscular dos membros, o sistema isocinético permite analisar as condições reais dos atletas. Com design modular, o aparelho combina diversas técnicas que permitem realizar, inclusive, teste de reeducação muscular, teste de coluna, simuladores de trabalho, avaliação de joelho, tornozelo e ombro, entre outros. Outro destaque do Biodex é a visualização de desempenho através de gráficos.
Boa noite amigos, hoje iremos dar continuidade a sequência sobre a base do corpo, vamos continuar falando de tornozelo e pé, esses dias andei pesquisando sobre o "Tênis Ideal", e percebi que cada vez mais as grandes industrias do calçado lançam calçados cada vez mais tecnológicos, buscando sempre a melhor performance e qualidade de vida do usuário. Cada vez mais são os entendedores de calçados querendo opinar e nos indicar o melhor para nossa atividade, seja de lazer, caminhada, corrida ou qualquer outra finalidade porem, ainda é grande a gama de pessoas que não tem domínio sobre o assunto e acabam escolhendo apenas por padrões de beleza.
Será que existe o calçado ideal?
Será que temos que comprar o calçado de acordo com nossa pisada?
Será que devemos levar em consideração qual atividade vamos exercer com determinado calçado?
Muito comum são os corredores de final de semana, ou até mesmo os que treinam buscando corridas mais curtas como de 5, 8 ou 10km. Nesse Post, vamos conhecer um pouco mais sobre os tipos de pisada. Entender e identificar a base da sua estrutura buscando a melhor performance lembrando que o conhecimento sobre o tipo de sua pisada buscando o melhor calçado passa a ser um INVESTIMENTO.
Vou procurar de forma resumida e bem básica descrever um pouco os tipos de pisada, devemos lembrar sempre que nesse blog vamos atentar para a discussão e comentários sobre o assunto.
PRONADORES: tendem a começar o movimento mais pela parte interna do calcanhar, apoiar mais a borda interna do pé e, por fim, concentrar o impulso na área do hálux. Geralmente tem pé plano. NEUTROS: a pisada começa no calcanhar, o pé percorre o solo de modo mais uniforme e o impulso é dado pelo apoio dos três primeiros dedos. SUPINADORES: tendem a apoiar a parte externa do calcanhar com mais intensidade, o movimento segue pela borda externa do pé e o impulso é concentrado nos últimos dedos. Geralmente têm pé cavo.
Parece fácil identificar qual seu tipo de pisada, mas é um pouco mais complexo, para se ter uma idéia, cada vez mais estudos estão sendo feitos para descrever a pisada ideal, descobrimos por exemplo que entre a pisada supinada e a neutra existe a SUBPRONADA, muito parecida com a supinada, com a diferença de que o hálux tem grande contato durante a marcha. Temos também a PRONADA LEVE que é quando o hálux absorve toda a carga do impacto como a primeira fase da corrida, essa pisada em posição ortostática assume característica neutra.
A seguir segue um vídeo que achei interessante de um tênis considerado por muitos um dos melhores para a prática de corrida, lembrando que devemos desconsiderar algumas partes:
Vou postar também um software desenvolvido pela Muzuno® onde podemos de forma prática, didática descobrir a pisada que mais se enquadra com a sua:
Isso ai meus caros, vamos contribuir para o aprendizado, tentar com base nesses conhecimentos descritos anteriormente, discutir sobre tipos de pisadas mais comuns e suas experiências com as mesmas.
Vou abordar o caso clínico de um paciente que apareceu no meu setor de trabalho e vamos tentar discutir sobre o fato:
"Paciente maratonista, participa de 4 ou 5 grandes maratonas ao longo do ano, corredor diário, deu entrada no setor de fisioterapia com diagnóstico clínico de fascite plantar, relata grande desconforto em tríceps sural, fáscia plantar e articulação talocrural. Relata que não procurou intervenção fisioterapêutica e continuou a prática deportiva por um longo tempo até surgir um quadro instaurado de pubalgia. Foi realizado avaliação fisioterapêutica onde procurei análisar não só a estática mas principalmente a dinâmica, procurei entender a forma de correr do paciente, buscar seu gestual e desenvolver o tratamento mais adequado para o mesmo. Com o decorrer de aproximadamente 10 sessões, busquei dividir o tratamento buscando o controle da dor e a correção postural dinâmica do paciente, o mesmo apresentou uma melhora considerável dos sintomas em região de púbis e uma grande melhora na parte mais distal. Segue a vista posterior realizada durante avaliação ortostática:"
Quem quiser conversar sobre o caso descrito, só me consultar ou postar suas perguntas no blog.
De acordo com a minha prática clínica, observo que o pior é, não é nem o supinado nem o pronado, nem o cavo nem o plano e sim o PÉ RÍGIDO, o que não consegue dissipar forças de pressão, isso acaba afetando estruturas ao longo de todo o corpo.
Sabemos que nem todos os corredores tem o apoio inicial na base do calcâneo, estudos comprovam que uma corrida de maior intensidade faz o apoio ser maior no médio e antepé, então alguns afirmam que o melhor seria se a prática de corrida fosse realizada descalça, iria ter uma maior dissipação de forças sobre as estruturas do pé, porem iria pecar um pouco quanto ao amortecimento inicial. Faz sentido não faz?
Grande Abraço a todos, Obrigado pela participação na última postagem, o interesse e a discussão, faz eu me dedicar cada vez mais a uma melhor publicação.
Dando continuidade ao blog, vamos continuar abordando patologias do pé, um problema cada vez mais freqüente onde devido as AVDs, uma área do nosso pé está sujeito constantemente a estresses seja traumáticos ou mecânicos. Vamos abordar casos de Fascite Plantar, sua etiologia, prognóstico, diagnóstico diferencial e tratamento dessa condição que afeta até 10% da população
CONCEITO:
A fascite plantar é um processo inflamatório da densa faixa de tecido conjuntivo plantar. (Andrews, Harrelson & Wilk, 2000).
ETIOLOGIA:
Embora uma série de fatores tenha sido proposta, a etiologia ainda é pouco entendida.
- OBESIDADE: A obesidade foi constatada em 40% dos homens e 90% das mulheres com fascite. Índices de massa corporal superiores a 30kg/m² aumentam o risco de desenvolver dor plantar no calcanhar.
- OCUPACIONAL: Há associação entre fascite plantar com caminhar e ficar de pé por muito tempo (“calcanhar de policial”).
- BIOMECÂNICO: Pessoas com arcos altos (pé cavo) ou baixos (pé plano) correm risco aumentado por causa do estresse repetitivo que esta sendo colocado sobre a fáscia. Da mesma forma o encurtamento adaptativo dos músculos da panturrilha e do tendão do calcâneo, movimento excessivo da parte posterior do pé (em especial a pronação excessiva) ou parte posterior rígida podem também colocar o paciente em risco de estressar a região.
"Estudos comprovaram que 78% dos pacientes com dor no calcanhar apresentavam limitações de pelo menos 5 graus na dorsiflexão. Kibler observou que 90% dos atletas de corridas portadores de fascite plantar, apresentaram deficiência dorsiflexora de 10 graus ou mais quando comparado com o lado não afetado.
A fraqueza dos músculos intrínsecos do pé também foi citada como causa.
Considerando a fáscia plantar ajuda no desenvolvimento da força de arranque durante a corrida e o salto, não é surpresa que a fascite plantar seja particularmente predominante em corredores, futebolistas e ginastas.
" ... Devido ao aumento significativo da utilização do salto alto por mulheres e em decorrência
das alterações funcionais causados pelo uso do mesmo, torna-se imprescindível a verificação da
presença ou não do encurtamento do músculo tríceps sural, sabendo-se que a persistência dessa
situação poderá ressaltar patologias já existentes ou desencadear novas. (TRACKER, 2004) ... "
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Muitos fatores podem gerar manifestações crônicas, com isso devemos excluir algumas outras patologias com sintomas parecidos e de acordo com minha prática clínica, um dos principais fatores que pode estar gerando essa “dor fascial”, pode ser a síndrome do túnel do tarso.
A dor no calcanhar foi recentemente observada envolvendo o nervo abdutor do dedo mínimo, o primeiro ramo do nervo plantar lateral. Em um quinto dos casos de dor inferior no calcanhar, pode ser causada pela compressão do nervo entre o músculo abdutor do dedo mínimo e o quadrado plantar. O sinal de Tinel sobre a região medial do calcanhar leva à suspeita dessa compressão nervosa.
SINAIS E SINTOMAS
- Dor e sensibilidade principalmente no início da manhã.
- Dor irradiada até a panturrilha
- Dor pulsante ou ardente em direção aos metatarsos.
- Dor calcânea que diminui durante o dia
- Dor a palpação na borda Antero-medial do calcâneo
- Rigidez no tendão do calcâneo
TRATAMENTO
Tentando estimular a participação ativa dos colegas nesse blog, gostaria de "discutir" através dos comentarios a experiência clínica de cada um. Abordagem de casos clínicos, tratamento e critérios para alta.
Bibliografia:
- Riddle DL, Pulisic M: Risk factors for plantar fasciitis: A matched case-control study.
- DUTTON, Mark. Fisioterapia Ortopédica: exame, avaliação e intervenção Tradução: Maria da Graça Figueiró e Paulo Machado. - 2º Ed. - Porto Alegre: Artmed - 2010
Boa noite amigos, estou aqui postando novamente, dessa vez vamos entrar em um assunto que esta cada vez mais presente no cotidiano e nas clínicas de fisioterapia, devido a grande demanda de corredores de finais de semana, às vezes causada pela enorme oferta de “corridas” de curta, média ou longa distância, cada vez é maior as queixas na parte ântero- medial da perna. Estamos falando da tão famosa Síndrome do estresse do tibial anterior, vulgo "Canelite". Aqui vamos tentar entender um pouco mais do que se trata essa síndrome, discutir sobre o assunto, intervenções buscando a reabilitação e/ou a prevenção dessas lesões que é onde devemos atuar em nossos atletas, seja profissionais ou de fim de semana.
Síndrome do Estresse Tibial Medial
A dor na parte anterior ou medial da perna induzida pelo exercício foi reportada como sendo responsável por 69% de todas as lesões que causam dores nas pernas em atletas. Durante os últimos 30 anos, uma série de termos genéricos como “síndrome tibial media”, “síndrome do estresse tibial”, “talas de canela”, “síndrome do sóleo”, e “periostite”, foram desenvolvidos para descrever a dor nas pernas relacionada ao exercício. Entre todos esses termos, síndrome do estresse tibial medial (SETM) é o mais apropriado.
Não este definido o mecanismo patofisiológico preciso, embora ela pareça envolver irritação do periósteo, indicada pela captação linear difusa em um exame ósseo ao longo do comprimento da tíbia. O local anatômico da anormalidade foi razoalvemente definido. Inicialmente, acreditava-se que o músculo tibial posterior era a origem. Contudo informação recente identificou a inserção da fáscia do sóleo medial como a origem mais provável.
A queixa mais comum nesses pacientes é uma dor incômoda junto à tíbia póstero-medial média ou distal. No início desse processo, a dor pode surgir no começo de uma corrida, resolver-se com o esforço contínuo, para apenas voltar no fim ou após o exercício. De maneira alternativa, pode ser apenas observada no final da corrida. Nesse estágio inicial, a dor tende a acalma-ser com o repouso imediato. Com o treinamento continuado, pode tornar-se mais grave, aguda e persistente. Os pacientes podem tentar testes de repouso completo, mas ela volta com a retomada do treino. Com a cronicidade crescente, a dor pode estar presente com a deambulação ou mesmo em repouso.
O uso excessivo ou a fraqueza do tibial anterior, do extensor longo ou curto dos dedos podem ser fatores causadores das exostoses da perna, como também a pronação excessiva ou anormal, a dorsiflexão restrita da articulação talocrural, os erros de treinamento e o calçado inadequado.
Com exceção da dor e dos pontos de sensibilidade na região Antero-medial da tíbia, que aumentam com a dorsiflexão ativa e alongamento passivo em flexão plantar, existem poucos achados objetivos. Contudo, a dor costuma surgir com a atividade e aliviada com o repouso.
Como na maioria das lesões por uso excessivo, a intervenção para as exostoses da perna envolve modificação da atividade, seguida do retorno gradual aos esportes, assegurando-se de identificar e corrigir quaisquer erros de treinamento ou biomecânica de pés anormais.
FONTE: DUTTON, Mark. Fisioterapia Ortopédica: exame, avaliação e intervenção Tradução: Maria da Graça Figueiró e Paulo Machado. - 2º Ed. - Porto Alegre: Artmed - 2010
Boa noite amigos, estou iniciando esse blog, nada como compartilhar com vocês uma literatura bem interessante onde foram escolhidos e eleitos os Sete nomes mais influentes na Fisioterapia Ortopédica.
A metodologia foi a seguinte, enviaram um formulário para 320 Fisioterapeutas da Associação Americana de Fisioterapia onde eles elegiam os nomes que mais influenciaram em sua profissão, baseado na suposição de que o talento reconhece o talento, segue os resultados e a leitura completa.
A leitura é em inglês, podemos nos direcionar ao GoogleTradutor e colar o texto para facilitar a leitura.
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